Bom não basta. É muito pouco, não dá ‘ibope’ nenhum!
O ideal é ter o top de linha, aquele que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com o melhor. Isso até que outro melhor apareça e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.”
(Leila Ferreira – adaptado do texto A Obsessão pelo Melhor)
É lamentável constatar como a maioria das pessoas hoje está completamente influenciada pelos gostos determinados pela mídia, que padroniza tudo na vida de quase todos. A roupa que se deve usar, as músicas, danças e leituras de que se deve gostar, o tipo de comida que se deve oferecer aos amigos nas festas, o estilo de móveis e a decoração das casas, tudo, tudo mesmo é determinado pelos meios de comunicação – os gurus da sociedade!
A maioria das pessoas nem se dá conta mais das suas próprias opiniões, dos seus gostos reais, das suas preferências. Simplesmente aderem, sem nenhum senso crítico, ao que dizem ser o melhor. A massificação e a ditadura da moda de tudo entre nós é tanta, que nem percebemos que estamos desprezando a verdadeira característica que nos distingue, nos valoriza de fato e nos torna superinteressantes – a diversidade de modos de pensar, de estilos, de gostos e peculiaridades incríveis de cada indivíduo.
Todo equívoco, porém, tem o seu preço e o deste é bastante alto: sem diagnosticar a causa, vivemos ansiosos, equilibrando-nos na permanente insatisfação de querermos ser nós mesmos, com nossas opiniões e preferências, e, ao mesmo tempo, sermos o que a mídia impõe que sejamos.
E assim vamos vivendo, a maioria de nós, perseguindo sonhos alheios e sofrendo por necessidades que não precisamos ter, pois não são nossas – inventaram para nós e nós acreditamos!!!
“Sofremos demais pelo pouco que nos falta
e alegramo-nos pouco pelo muito que temos.”
( William Shakespeare )

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