Algumas palavras, hoje, começam a aparecer em textos, entrevistas e debate de ideias, sem que a maioria das pessoas sequer tenha noção do seu significado, mas que logo acabam aprendendo e incorporando naturalmente ao seu universo vocabular, à sua linguagem cotidiana.
Quem sabe o que é “resiliência”? Por enquanto, muito pouca gente, com certeza! No entanto, é uma grande qualidade que todos conhecemos muito bem e apenas precisaríamos desenvolvê-la para viver muito mais felizes.
Há cerca de duas décadas, o Brasil inteiro chorou com o sofrimento atroz e prolongado de uma mãe que viu seu filho, excelente compositor e cantor, no auge de uma carreira brilhante, adorado por todos, definhar sob a sentença de morte que era a AIDS àquela época. Ela acompanhou seu longo martírio, dia a dia, incansável até seu último sopro de vida. Mas Deus o levou, deixando aquela mulher que o amava demais, e lutou tanto por sua cura, absolutamente desconsolada.
Que fazer de tanta dor?! Entregar-se ao desespero infrutífero? Revoltar-se contra Deus e o mundo? Bem sabemos que não! Esta mulher, em pouco tempo, sufocou as lágrimas, catou os cacos de sua vida destruída, levantou a cabeça e criou a Fundação Viva Cazuza, de apoio a crianças aidéticas!
Fernando – belo rapaz, modelo, famoso (ex-bigbrother), cheio de vida e planos – após grave acidente de carro, de repente viu sua vida virar de cabeça pra baixo e ficou paraplégico. E aí, que fazer com a vida que lhe foi poupada, apesar das limitações que terá que enfrentar?! Lamentar-se de sua má sorte? Isolar-se de tudo e de todos, numa vida sem nenhuma perspectiva de felicidade? Esquecer todos os esportes que adorava praticar?
Nem pensar! O bravo Fernando foi à luta e, mesmo com muitas dificuldades, hoje pratica diversos esportes (alguns até bastante radicais!), tornando-se um atleta muito aplicado, competente e vencedor em várias competições nacionais e internacionais. Soube dar sentido à sua vida, é um rapaz alegre, bastante realizado e festejado no tipo de atividade que sempre praticou. Recentemente ele declarou, em uma entrevista emocionante, que seu objetivo maior é provar para as pessoas com alguma deficiência que elas podem realizar seus sonhos, sim, e serem pessoas extremamente felizes também.
Todos conhecemos pessoas maravilhosas, que agem sempre com resiliência, ou seja, enfrentam dificuldades enormes com coragem, muita criatividade e sem lamentações, “numa boa”, como se rissem intimamente das nossas reclamações por bobagens e nos perguntassem ironicamente: - Qual era mesmo o seu problema?
E nós, envergonhados, responderíamos: - Sabe que eu esqueci...
“Jogue-me aos lobos e eu voltarei líder da matilha”
Publicado por
Sônia Mawad
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