“ Muitos são maus porque não foram suficientemente amados. ” Papa Pio XII

Com todo o respeito que nos inspiram estas belas palavras, impregnadas de tolerância e bondade com o ser humano, independentemente de crença religiosa, somos impelidos a discordar de Sua Santidade – dirão muitos, com bastante seriedade e toda a convicção do mundo.

Para estes, não faltam exemplos tristes e até revoltantes de pessoas tratadas com imenso amor e consideração por todos, familiares e amigos, e que lhes retribuem com atitudes de profunda ingratidão e indiferença por todo o bem recebido. Tornam-se maus, inexplicavelmente revoltados e vingativos, negando assim todas as mais belas teorias de que só o amor constrói.

Assim, sob este ponto de vista, todos nós nasceríamos prontos para o bem ou para o mal, em nada influenciando quanto amor tenhamos recebido ou em que ambiente amoroso ou hostil tenha sido escrita a história da nossa vida. Tudo seria uma questão de índole boa ou má, que já vem conosco “de fábrica”, como uma característica. Cairia por terra aqui, portanto, a conhecida teoria de que o homem é produto do meio – teoria, aliás, questionada em alguns estudos modernos.

Estão certos? Estão!

Muitos outros, entretanto, concordam com o Papa, em gênero, número e grau. O ser humano seria, nesta concepção, como uma massa de modelar nas mãos dos pais ou responsáveis – e estes seriam bons ou maus artistas, podendo criar, dependendo do seu talento, obras de arte primorosas ou não. E o amor (muito amor!) seria o ingrediente ideal, de efeito infalível para curar as mágoas de sofrimentos passados, que seriam plenamente esquecidos.

Em seu lugar, poderia sim surgir um ser humano equilibrado, grato por todo o amor recebido e feliz, muito feliz, pronto para retribuir aos seus benfeitores e à sociedade todo o bem que lhe foi ofertado.
Estão certos? Também estão!

As opiniões sobre este tema (e outros bastante polêmicos) são radicalmente antagônicas, mas os dois grupos expressam argumentos muito bem fundamentados e igualmente lógicos e aceitáveis.
E aí, quem está com a razão? Qual é a sua opinião?

Viva a liberdade de pensamento!!!


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